A Dell realizou uma pesquisa internacional para avaliar quais são as melhores cidades para o empreendedorismo feminino. Com o objetivo de compartilhar os dados apresentados na pesquisa a Dell reuniu um grupo com importantes mulheres empreendedoras para um debate sobre o tema, e a busca coletiva por ações que possam melhorar o posicionamento da cidade de São Paulo neste ranking!
Nesta pesquisa foram avaliados diferentes pontos: Mercado, Talento, Capital, Cultura, Tecnologia, Destaques Positivos e Oportunidades de Melhoria de cada cidade em relação ao empreendedorismo feminino.
No ranking de 0 a 100 São Paulo ficou na posição 42, nenhuma cidade conseguiu atingir a pontuação máxima para alcançar a posição 100. Nova York considerada a melhor cidade no ranking ficou na posição 70.
Estes dados apresentam o incrível potencial de crescimento que o empreendedorismo feminino tem e o quanto são necessários investimentos de governos, empresas, investidores e comunidades para acolher de forma mais relevante às empresas criadas e geridas por mulheres.
É interessante destacar que São Paulo foi a cidade que apresentou o maior número de eventos e ações de incentivo ao empreendedorismo feminino, o desafio está em transformar o discurso em ações práticas, já que São Paulo ficou no último lugar quando o assunto analisado foi acesso a capital, somente 2% das mulheres empreendedoras no Brasil tem acesso a capital.
A grande maioria dos negócios criados por mulheres utilizam capital próprio, este fato deve-se por diferentes motivos, como relatado pela Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora:
- As mulheres abrem um número maior de negócios na área de serviços, setor no qual os bancos apresentam maior dificuldade para avaliar o negócio e oferecer crédito.
- 80% das mulheres empreendedoras, quem cuida do dinheiro é um homem, este fato é cultural as mulheres não foram ensinadas a lidar com o dinheiro.
- A tendência da mulher quando cria e desenvolve um negócio é utilizar dinheiro próprio com apoio de familiares e amigos.
- Os imóveis das famílias brasileiras, na sua maioria, estão registrados no nome dos homens o que muitas vezes impede a comprovação de renda para conseguir o crédito necessário para o negócio.
Hoje já existem outras formas de acesso a capital como: crowdfunding, modalidade de investimento onde várias pessoas podem investir pequenas quantias de dinheiro no negócio, e as fintechs de crédito, empresas de tecnologia e também do setor financeiro que podem oferecer crédito sem a necessidade da intermediação de um banco.
O desafio destas duas modalidades de capital é que a primeira, crowdfunding, esbarra na questão Cultural, e a segunda, as fintechs, novas no mercado, trabalham para conquistar a confiança das empreendedoras.
A opinião de todas as mulheres empreendedoras que participaram desta reunião realizada pela Dell Womens’s Entrepreneur Network foi unanime, para mudar este cenário precisamos sair do discurso e criar ações na prática.
Beatriz B. Alves, empreendedora da Br goods reforçou “O desafio é grande. Você precisa de dinheiro para abrir, crescer e fechar o seu negócio. O empreendedor precisa de ajuda na fase do crescimento é importante enfrentarmos este desafio do capital.” Beatriz também enfatizou o cuidado que a empreendedora deve ter no momento de procurar investidores, pois é fundamental que eles tenham os mesmos valores que a empresa e que estejam alinhados a sua Cultura, somente assim será um relação positiva que favorece o negócio e ajuda a empresa crescer de forma saudável.
O capital também é importante para o acesso à tecnologia, fazer negócios é falar de tecnologia. Segundo Beatriz a tecnologia permite que o empreendedor trabalhe com estrutura de custo reduzida, o que possibilita a empresa continuar crescendo.
Todas as mulheres presentes no evento contribuíram de alguma forma para esta conversa rica e extremamente necessária sobre a importância e o potencial que São Paulo tem para subir no ranking e ser considerada uma das melhores cidades para a mulher empreender.
O grupo se comprometeu com ações na prática para integrar nós mulheres empreendedoras, entidades, bancos e investidores para a construção de forma coletiva de soluções eficientes em longo prazo que tornem o capital mais acessível para o empreendedorismo feminino.
Obrigada Luís Gonçalves, Andrea Ocker e toda sua equipe pela realização deste
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