Como se reestruturar para a retomada da economia? Ir para o conteúdo principal

 

O ano de 2020 trouxe consigo uma das piores e mais inesperadas crises globais. A imposição de medidas de isolamento social levou a paralização da economia em muitos países.

Apesar da queda do faturamento no varejo logo no início da pandemia da Covid-19, o e-commerce expandiu no Brasil e no mundo. De acordo com um estudo realizado pela Ebit|Nielsen e o Bexs Banc, as vendas online aumentaram 41% em 2020, alcançando o valor de R$87,4 bilhões.

Além disso, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) espera-se que com o avanço da vacinação e o fim dos períodos de isolamento, 54% das micro e pequenas empresas devam retomar em até 18 de agosto de 2021 o nível de atividade equivalente ao registrado antes da pandemia.

A projeção foi feita levando em conta a vacinação de metade da população até a data, e baseando-se no cronograma do Ministério da Saúde e informações da Fiocruz.

Efeito champanhe

A projeção do SEBRAE ainda estima que os negócios com expectativa de recuperação mais rápida serão aqueles ligados aos setores menos atingidos pela pandemia. O que é o caso da construção civil, indústrias, tecnologia, comércio de alimentos, serviços empresariais, saúde e bem-estar, etc.

Outros setores, como os de entretenimento, turismo e moda, voltariam a patamares pré pandêmicos de maneira mais lenta. Porém, nesses mercados é esperado que se ocorra o efeito champanhe.

O conceito aplicado aos negócios é similar ao que acontece na abertura de uma garrafa de champanhe. Uma alta demanda inicial é registrada com os consumidores querendo viajar, fazer compras e curtir shows e eventos, para compensar o período em que ficaram em isolamento.

O movimento chega a superar o faturamento dos negócios de anos em apenas alguns dias. Além disso, a  tendência é que após um período, as atividades voltem a se estabilizar.

O turismo, por exemplo, foi um dos setores mais afetados pela pandemia, perdendo um total de R$376,6 bilhões desde o início da crise sanitária, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Porém, os efeitos positivos da vacinação em massa da população sobre a economia devem entrar em evidência ainda esse ano. A expectativa da CNC é que haja uma expansão do turismo e um aumento de 17,8% no volume de receitas do setor, o maior crescimento em 11 anos.

A expansão, também alavancada pela abertura das fronteiras, seria consequência do efeito champanhe em viagens internacionais e domésticas, já que muitos tiveram que adiar seus planos de 2020.

Reinvenção e inovação na retomada dos negócios 

A imunização da população somada ao aumento da demanda por bens e serviços pretendem impactar positivamente a economia brasileira ainda em 2021.

Portanto, pequenos e médios empreendedores estão buscando novas formas de se preparar para o período de aquecimento econômico pós pandemia.

Plataformas digitais e consolidação da marca no mercado

Durante a pandemia, muitos empreendedores expandiram suas atividades e alcançaram mais clientes por meio das plataformas digitais. E a tendência é a de que mais empresas entrem para o mundo digital.

O marketplace, por exemplo, é um modelo de negócio que conecta pessoas e empresas, permitindo que lojas online tenham seus produtos hospedados nos sites de grandes varejistas.

Segundo o Ebit|Nielsen, o marketplace representa 78% do comércio eletrônico B2C (Business-to-Consumer) no Brasil. O marketplace deve continuar em alta em 2021 com novos negócios aderindo ao modelo.

Além disso, muitas empresas consolidaram suas marcas no mercado por meio das redes sociais, com um atendimento ao cliente personalizado e efetivo. E não é só isso, os padrões de consumo mudaram durante a pandemia, e atualmente melhorar a experiência do cliente e a sua comodidade na hora da compra ou aquisição de serviços são fundamentais para se destacar no mercado.

De acordo com a pesquisa Experience is Everything: Here’s How to get it Right, da PwC, realizada com 15 mil pessoas de 12 nacionalidades, incluindo o Brasil, 86% delas pagariam a mais por serviços premium.

As plataformas digitais também promovem interações multilaterais entre empresas, fornecedores, distribuidores, clientes, etc., que podem ser benéficas para os negócios na redução de custos. Portanto, as empresas que querem consolidar a marca no mercado e estar preparadas para o crescimento econômico futuro devem apostar nessas tecnologias.

Cultura organizacional 

Estratégias e valores fortes dentro de uma empresa foram fundamentais para muitas empresas manterem seus colaboradores unidos e comprometidos a alcançarem as metas propostas durante a pandemia.

Nesse novo contexto de retomada, fortalecer a cultura organizacional é ainda mais importante, e muitas empresas buscam que os colaboradores estejam ainda mais motivados e alinhados com os valores da organização.

Para atingir esse objetivo é fundamental criar um sentimento ainda maior de pertencimento e confiança.

Esse sentimento vai além de boa remuneração e benefícios e deve incluir um bom relacionamento com líderes e gestores, além de uma comunicação interna transparente, com informes regulares e informações relevantes sobre a empresa. Também é importante mencionar o quanto se faz necessário o  alinhamento entre discurso e prática, ou seja, que a empresa faça acontecer na prática o que estabelece na sua Identidade Cultural.

Além disso, criar um canal em que os colaboradores possam se sentir confortáveis em compartilhar suas experiências no ambiente de trabalho é fundamental para um relacionamento de confiança entre empresa e funcionário.

No período pós pandemia, marcado pela expansão econômica, muitas organizações têm investido em novos talentos. E para que esses novos colaboradores se identifiquem com a cultura da empresa, é necessário repensar os canais de recrutamento e a diversidade.

Explore modelos de contratação que você ainda não utilizou e traga talentos que ao compartilhar suas experiências e perspectivas possam ajudar no fortalecimento da cultura organizacional da sua empresa, tornando-a diversa e inclusiva.

Segundo um estudo de 2017 com 1.300 colaboradores de diferentes empresas realizado nos Estados Unidos pela Deloitte, 23% deles já deixaram uma organização para entrar em empresas mais inclusivas.

Na hora de contratar, a capacitação dos talentos também é importante para gerar o sentimento de pertencimento, além de contribuir para o capital humano e crescimento da empresa.

A pesquisa “Série Global Stakeholder – O Futuro do Trabalho, Agora”, feita pela Salesforce com mais de 20 mil pessoas em diferentes países, dentre eles o Brasil, aponta que 82% dos entrevistados desejam capacitação em negócios e 87% gostariam de ter acesso a treinamentos técnicos.

Ainda segundo a “Série Global Stakeholder”, a terceira área que os entrevistados acreditam que as empresas devem investir mais em 2021 é na capacitação técnica dos funcionários.

Portanto, preparar-se para esse novo contexto é ter um olhar direcionado para dentro da organização e para o fortalecimento da cultura organizacional.

Instituto Mudita e o apoio a empreendedores, líderes e organizações no pós-pandemia

Se você quer se preparar para o futuro, o Instituto Mudita pode te ajudar. A Consultoria para fortalecer a Cultura Organizacional atende esse momento de retomada dos negócios ao ajudar as empresas a fortalecerem suas culturas organizacionais e atingir os resultados e objetivos determinados.

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