Nós estamos sempre falando aqui como é preciso que empreendedores e lideranças se adaptem para o futuro. As mudanças no mercado de trabalho, cada vez mais rápidas, exigem desses profissionais que se mantenham sempre atentos às últimas tendências e às características únicas que cada geração apresenta, principalmente a que está entrando agora para a força de trabalho.
Nos últimos anos algumas tendências tornaram-se claras entre as lideranças do futuro. Habilidades e competências que a nova década passará a exigir cada vez mais. Janaina Khatchikian, responsável pelo RH da Ericsson Brasil, afirma que os líderes têm que estar preparados para tomar grandes decisões e trabalhar cinco competências básicas: pensar de forma colaborativa, aceitar novos modelos de contratos de trabalho, se tornar aliados dos times, dominar as novas plataformas tecnológicas e ter visão da cultura global.
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1) Mais liberdade e autogestão
Os ambientes de trabalho já não funcionam como antigamente, onde o chefe fala e o funcionário escuta. Os colaboradores estão trazendo cada vez mais para as empresas novas habilidades, competências e talentos que os líderes do futuro devem estar atentos para incluir em suas equipes.
Mas isso significa que o líder precisa estar aberto para escutar seus colaboradores, entendendo seus diferentes pontos de vista e reconhecendo as suas diferentes competências e talentos, e deve confiar na qualidade e pontualidade das entregas da sua equipe, saindo do papel de gerente e tendo mais tempo para decisões estratégias e pensar no futuro do negócio.
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Para que o líder consiga estruturar sua equipe para ter mais liberdade e autogestão, é importante que todos estejam muito bem alinhados ao propósito da organização, caso contrário irão surgir muitos conflitos entre os colaboradores, distanciamento do líder com a sua equipe e queda na produtividade.
Um colaborador que não está alinhado com o Propósito Maior do negócio e recebe liberdade tende a atrasar entregas, ou deixar para produzi-las de última hora, causando quedas constantes na qualidade. Isso acontece porque ele não está interessado no crescimento da empresa e com a felicidade dos seus colegas. Seus interesses são centrados no “eu”, pensando apenas em seu bem-estar e nas suas responsabilidades.
2) Digitalização
Não adianta mais os líderes assistirem à distância as novas gerações se jogarem de cabeça nas tecnologias inovadoras. É preciso estar nessa mudança com elas.
Os jovens tornaram-se cada vez mais imediatistas e sem paciência, isso é uma realidade. A comunicação entre o líder e seus colaboradores precisa ser mais ágil que nunca e os meios digitais ajudam muito nesse sentido. Escolha entre as muitas plataformas de comunicação a que se encaixa melhor para a sua equipe.
Redes sociais e plataformas online são um ponto constante na vida desses jovens. O uso já é natural e eles esperam de todos ao seu redor que saibam usar e tenha um conhecimento parecido com o seu.
Essa nova competência não é importante apenas para os líderes conseguirem se aproximar de seus colaboradores mais jovens, como para tomar decisões em relação ao futuro do seu negócio e conseguir ter ideais mais inovadoras que envolvam também o mundo digital.
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3) Agilidade estratégica
O mundo está mudando muito rápido e os líderes precisam acompanhar essas mudanças!
Está sendo cada vez mais exigido das lideranças das organizações que tomem decisões mais rapidamente e que consigam adaptar processos com mais agilidade. Isso porque a demora em aplicar mudanças no negócio pode significar que o seu produto ou serviço ficará obsoleto.
E não apenas as decisões precisam ser mais ágeis, como precisam analisar mais pontos de vista. Você deve estar pensando: isso é possível? Sim, é possível. Aqui discutimos novamente a importância do alinhamento das lideranças e colaboradores com o Propósito Maior da organização. Com a clareza dos valores e crenças da empresa, a tomada de decisão fica muito mais fácil, pois esta também precisará se encaixar no propósito.
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4) Precisa ser um exemplo para os colaboradores
As lideranças são as difusoras do Propósito da empresa e das boas práticas no ambiente de trabalho.
Enquanto há alguns anos atrás ainda era visto com bons olhos os chefes autoritários, que davam ordens restritivas, controlava ao máximo sua equipe, se distanciava das pessoas que trabalham com ele e muitas vezes gritava ou tratava mal seus colaboradores, hoje é esperado que o líder seja um motivador da equipe, seja próximo de seus colaboradores e demonstre sempre a maneira correta de se portar no ambiente da empresa.
Para isso é necessário que os líderes trabalhem a sua inteligência emocional, tornando-se mais conscientes das pessoas a sua volta, como elas estão sentindo, agindo, o que está acontecendo.
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5) Trabalhar a empatia e a gratidão
Imagine o seguinte cenário: você tem um colaborador que sempre trabalha muito bem, tem ótimas entregas, sempre no prazo correto. De repente, a qualidade cai e os prazos ficam cada vez mais apertados. Você poderia tomar a decisão de mandá-lo embora, considerando que já não é mais o profissional produtivo e engajado de antes. Ou você pode tentar entender o que está acontecendo com esse colaborador.
Você pode descobrir que ele está insatisfeito com algo dentro da empresa, mas que seria fácil solucionar. Você pode descobrir que ele está com problemas pessoais, mas que são momentâneos e já estão para se resolver.
Entre as muitas razões para a queda de rendimento desse profissional, poucas realmente explicariam uma demissão. Se você tivesse tomado a decisão sem utilizar a sua inteligência emocional e empatia, estaria perdendo um talento que já possui experiência com o seu negócio e já está bem colocado na sua equipe.
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Outro cenário: você tem uma equipe muito bem montada, mas sente que se distanciam de você cada vez mais. Ao invés de tentar forçar uma aproximação, você tenta descobrir o que está acontecendo. Um ponto em comum entre os feedbacks dos seus colaboradores é de que não se sentem reconhecidos pelo líder ou que percebem a liderança como alguém muito acima deles que não leva em consideração suas opiniões e pontos de vista.
Para resolver esse tipo de situação é necessário trabalhar a gratidão. E aqui é importante frisar que gratidão para o mercado de trabalho é perceber o quanto o outro agrega ao seu trabalho e para a empresa. Um líder sozinho não consegue fazer as entregas necessárias e tomar decisões estratégicas. Ele precisa de uma equipe, cada um com seus conhecimentos, habilidades e competências diferentes que agregam como um todo à equipe.
Empreendedores e líderes, como vocês estão se preparando para serem as lideranças do futuro?
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